Netanyahu autoriza expansão de assentamentos em área estratégica da Cisjordânia e descarta Estado palestino

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Cisjordânia (Foto: Divulgação )
Cisjordânia (Foto: Divulgação )

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, autorizou a construção de milhares de unidades habitacionais para colonos na região de E-1, na Cisjordânia ocupada. A medida, anunciada nesta sexta-feira (12) durante cerimônia em Maale Adumim, representa o cumprimento de uma promessa antiga de seu governo e reforça a posição contrária à criação de um Estado palestino.

“Maale Adumim dobrará de tamanho. Em cinco anos, 70 mil pessoas viverão aqui. São mudanças monumentais”, declarou Netanyahu. Ele também reafirmou a postura de seu gabinete: “Dissemos que não haverá Estado palestino, e de fato, não haverá. Esta terra nos pertence. Protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança”.

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 Expansão em área sensível

Segundo a organização israelense Shalom Akhshav, foram aprovados planos para cerca de 3.400 novas unidades em E-1, região próxima a Maale Adumim. O projeto é considerado altamente controverso, pois pode dividir a Cisjordânia ao meio, dificultando a viabilidade territorial de um futuro Estado palestino.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, já havia sinalizado em agosto a retomada das construções. Líder do partido Sionismo Religioso, Smotrich declarou que Israel pretende “apagar o Estado Palestino”, reforçando a linha dura adotada pelo atual governo.

 Reações internacionais e impasse diplomático

A expansão dos assentamentos israelenses é amplamente contestada pela comunidade internacional. Em 2016, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução exigindo a suspensão imediata dessas atividades, rejeitada por Israel. Organizações humanitárias alertam que a continuidade das construções compromete negociações de paz e inviabiliza a solução de dois Estados, defendida por diversos países e organismos multilaterais.

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A decisão de Netanyahu aprofunda o impasse diplomático e sinaliza o endurecimento da política israelense na região, em um momento de crescente tensão e estagnação no processo de paz com os palestinos

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