Nunes Marques pede vista e julgamento sobre big techs pode ser adiado para novembro

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Fellipe Sampaio /STF
Fellipe Sampaio /STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve interromper o julgamento de dois recursos que discutem a responsabilidade civil das plataformas digitais, após o ministro Nunes Marques sinalizar um pedido de vista. Com isso, a decisão final pode ficar para novembro.

Debate sobre o Marco Civil da Internet

Sete ministros do STF entendem que, diante do uso massivo de redes sociais e aplicativos de mensagens, o Marco Civil da Internet não oferece proteção suficiente aos usuários.

O julgamento será retomado em 25 de junho, com o voto do ministro Edson Fachin, seguido por Nunes Marques e Cármen Lúcia.

Pressão política e impacto na liberdade de expressão

Parlamentares da oposição pressionaram Nunes Marques a pedir vista, apostando que isso pode adiar novamente a discussão sobre a regulamentação das redes sociais. Para esses congressistas, a principal preocupação é o risco de restrições à liberdade de expressão, especialmente em relação a conteúdos críticos às autoridades.

Divergências entre os ministros

  • Dias Toffoli e Luiz Fux: Defendem que a exigência de notificação judicial para retirada de conteúdo ofensivo é inconstitucional.
  • Alexandre de Moraes: Acompanhou Toffoli e Fux.
  • Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes: Consideram que a lei é parcialmente inconstitucional, devendo ser mantida em casos específicos, como crimes contra a honra.
  • André Mendonça: Único ministro a defender a constitucionalidade da lei, argumentando que as plataformas devem ter autonomia na moderação de conteúdo.
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