A Nvidia, referência mundial em chips e semicondutores, está se preparando para um novo capítulo na evolução tecnológica: a era da inteligência artificial (IA) física. Essa inovação visa capacitar robôs humanoides e dispositivos, como braços robóticos industriais, a executar tarefas complexas no mundo real. Segundo Marcio Aguiar, diretor-executivo da Nvidia na América Latina, esse conceito marca uma transição após os avanços proporcionados pela IA generativa.
Em março, a empresa apresentou o modelo Isaac Gr00t N1, projetado para ser uma base robusta para o desenvolvimento de robôs humanoides. Este modelo pré-treinado é capaz de realizar ações como agarrar, mover e transferir objetos entre mãos, além de executar tarefas de múltiplas etapas. Esse pré-treinamento acelera o desenvolvimento de robôs adaptáveis, já que pesquisadores e desenvolvedores podem realizar um pós-treinamento específico para seus contextos.
Diferente de modelos de IA generativa como GPT e Llama, o Isaac Gr00t N1 foi projetado para compreender melhor as regras físicas e espaciais do mundo real. Esse treinamento é realizado através de aprendizado por reforço, uma técnica que permite aos dispositivos identificar e solucionar imprevistos rapidamente. Isso amplia suas capacidades para tarefas como embalar mercadorias, construir veículos ou circular autonomamente em diferentes ambientes.
Embora a Nvidia não produza robôs, drones ou câmeras, ela oferece o poder computacional necessário para que fabricantes desses dispositivos transformem ideias em realidade. Dessa forma, a empresa posiciona-se como líder na próxima fase da revolução robótica, trazendo ferramentas para integrar ainda mais a tecnologia ao cotidiano.
Fonte: Redação
