Deputados e senadores da oposição ocuparam os plenários da Câmara e do Senado durante a madrugada desta quarta-feira (6), bloqueando fisicamente as mesas diretoras para impedir a retomada dos trabalhos legislativos. O ato teve início após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada dois dias antes.
Os parlamentares, em sua maioria integrantes do Partido Liberal, se revezaram durante a noite e permaneceram nos locais até o início da manhã. A mobilização exige que sejam pautadas propostas como a anistia aos condenados por tentativa de golpe e o impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Líderes das Casas Legislativas convocaram reuniões para avaliar medidas diante da ocupação, que foi considerada uma afronta à normalidade institucional. A ação provocou o cancelamento das sessões previstas e interrompeu a votação de projetos, incluindo iniciativas de isenção do Imposto de Renda.
O protesto intensificou tensões entre governistas e opositores. Enquanto aliados do governo classificaram o movimento como uma nova tentativa de ataque às instituições, representantes da oposição argumentaram que a ocupação busca garantir liberdade de expressão parlamentar e colocar temas sensíveis em debate.