Otan lança operação “Sentinela Oriental” após acusações de violação aérea por drones russos

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(Foto: REUTERS/Yves Herman/)
(Foto: REUTERS/Yves Herman/)

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou o início da operação militar “Sentinela Oriental”, em resposta às crescentes tensões com a Rússia e às denúncias da Polônia sobre violações de seu espaço aéreo. A iniciativa foi confirmada neste sábado (13) e ocorre poucos dias após Varsóvia acusar Moscou de enviar drones ao território polonês — alegação que o Kremlin nega veementemente.

Segundo o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, o objetivo da operação é “reforçar a postura defensiva da aliança ao longo de seu flanco oriental”. O treinamento deve começar nos próximos dias, com duração ainda não especificada, e contará com a participação de diversos países-membros.

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 Mobilização multinacional

A operação envolverá o envio de equipamentos militares por várias nações:

  • Dinamarca: dois caças F-16 e uma fragata antiaérea
  • França: três jatos Rafale
  • Alemanha: quatro Eurofighters
  • Reino Unido: apoio logístico e operacional adicional

De acordo com autoridades polonesas, ao menos 19 incursões aéreas foram registradas, com quatro drones abatidos. Apesar de pequenos danos em solo, não houve vítimas.

 Moscou nega e critica “alarmismo”

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que seus drones têm como alvo exclusivo instalações militares na Ucrânia e que não houve violação do espaço aéreo polonês. O Kremlin se disse disposto a dialogar com Varsóvia para esclarecer o episódio, mas criticou duramente a postura da Otan e da União Europeia.

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“A liderança da UE e da Otan acusa a Rússia de provocações diariamente, muitas vezes sem apresentar qualquer evidência”, declarou o porta-voz Dmitry Peskov.

Ele também acusou o Ocidente de intensificar tensões militares, afirmando que “não foi a Rússia que moveu sua infraestrutura militar em direção à Europa, mas a Europa que a trouxe às nossas fronteiras”.

 Escalada regional

A operação “Sentinela Oriental” marca mais um capítulo na deterioração das relações entre a Otan e a Rússia, agravadas desde o início da guerra na Ucrânia. A medida reflete o temor crescente de que o conflito ultrapasse fronteiras e envolva diretamente países vizinhos, ampliando o risco de confrontos em larga escala.

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