OTAN pede que Brasil pressione Rússia por paz na Ucrânia, em meio a ameaças de sanções dos EUA

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Foto: Lehtikuva/Antti Aimo-Koivisto via Reuters
Foto: Lehtikuva/Antti Aimo-Koivisto via Reuters

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou nesta segunda-feira (14) que países como Brasil, Índia e China devem pressionar o presidente russo Vladimir Putin a negociar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. A declaração foi feita após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 100% à Rússia e sanções secundárias a países que mantêm relações comerciais com Moscou.

“Se você está em Brasília, Pequim ou Délhi, talvez queira ligar para Putin e dizer: ‘Ei, amigo, leve a sério essas negociações, ou seremos atingidos pelas sanções'”, disse Rutte em entrevista à Fox News.

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Sanções secundárias e impacto global

  • As sanções anunciadas por Trump incluem tarifas de até 500% sobre países que continuarem comprando petróleo russo.
  • O Brasil, um dos principais importadores de diesel da Rússia, está entre os países que podem ser afetados.
  • A medida visa pressionar aliados comerciais da Rússia a se posicionarem pela paz, sob risco de prejuízos econômicos significativos.

BRICS e tensões comerciais

A escalada diplomática ocorre em meio à presidência brasileira do BRICS, grupo que busca alternativas ao sistema financeiro dominado pelo dólar. A atuação do Brasil no bloco, com foco na cooperação do Sul Global, tem sido vista como um fator de atrito com Washington.

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Comércio Brasil–Rússia em alta

Em 2024, o comércio bilateral entre Brasil e Rússia atingiu US$ 12,4 bilhões, com destaque para:

Exportações do Brasil Importações da Rússia
Soja (33%) Óleos combustíveis (57%)
Café não torrado (18%) Fertilizantes químicos (34%)
Carne bovina (18%)

Cenário diplomático em alerta

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A carta enviada por Trump ao presidente Lula, condicionando a retirada de tarifas à abertura do mercado brasileiro e à suspensão do julgamento de Bolsonaro, intensificou a tensão. O Brasil, por sua vez, reafirmou sua soberania e compromisso com uma governança global inclusiva.

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