O contrato mais líquido do ouro, com vencimento em agosto, fechou em queda de 0,50%, cotado a US$ 3.342,90 por onça-troy nesta quinta-feira (3), véspera do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. A desvalorização foi impulsionada por um relatório de empregos (payroll) mais forte que o esperado, o que reduziu as chances de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste mês.
Principais fatores que pressionaram o ouro
- Criação de 147 mil empregos em junho, superando a expectativa de 110 mil.
- Taxa de desemprego caiu para 4,1%, contrariando projeções de alta
- Salários desaceleraram, mas ainda acumulam alta de 3,7% em 12 meses
- Dólar se fortaleceu, reduzindo o apelo do ouro como ativo de proteção
Segundo o analista Fawad Razaqzada, da StoneX, o relatório praticamente elimina a possibilidade de corte de juros em julho. A probabilidade de redução caiu para 4,7%, segundo dados do CME Group.
Perspectivas futuras e cenário geopolítico
Apesar da queda, o Saxo Bank projeta que o ouro pode atingir US$ 4.000 por onça-troy nos próximos 12 meses, impulsionado por compras de bancos centrais e riscos inflacionários persistentes.
No plano internacional, o presidente russo Vladimir Putin reafirmou suas metas na guerra contra a Ucrânia em uma ligação com Donald Trump, adicionando tensão ao cenário global.