Ouro recua quase 2% em junho após trégua entre Irã e Israel

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REUTERS/Angelika Warmuth/File Photo

O mercado de ouro encerrou o mês de junho com queda acumulada de 1,86%, influenciado pela redução das tensões no Oriente Médio e pela melhoria nas perspectivas econômicas globais. Apesar disso, o metal fechou em leve alta nesta segunda-feira (30), com avanço de 0,61% no contrato mais líquido com vencimento em agosto, cotado a US$ 3.307,70 por onça-troy na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex).

Segundo analistas do Citi, a trégua entre Irã e Israel contribuiu para a moderação dos preços na segunda metade de junho, reduzindo a procura por ativos considerados porto seguro. Paralelamente, o enfraquecimento do dólar e a expectativa de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos seguiram sustentando o interesse pelo ouro.

O banco projeta que o metal possa ser negociado entre US$ 2.500 e US$ 2.750 por onça-troy até o segundo semestre de 2026, dependendo do ritmo de crescimento econômico americano e das negociações comerciais em andamento.

Em pronunciamento nesta segunda-feira, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, indicou que espera três cortes de juros em 2026, o que pode influenciar a atratividade do ouro em médio prazo.

Corretoras como a Trade Nation observaram que, embora o desempenho acumulado do ouro no ano ainda seja expressivo, o ativo perdeu força recentemente e apresenta volatilidade elevada. Em meio à ausência de uma direção clara, investidores mais cautelosos estariam optando por aguardar antes de retomar posições.

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