A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário Pablo Marçal (PRTB) pela terceira vez à inelegibilidade de oito anos, com validade a partir das eleições municipais de 2024. A nova decisão reconhece abuso nos meios de comunicação social, captação e uso irregular de recursos e poder econômico durante sua campanha à Prefeitura da capital paulista.
Segundo o processo, Marçal ofereceu sorteios em dinheiro e brindes para promover engajamento em suas redes sociais, mesmo após ter seus perfis suspensos pela Justiça. O influenciador também usou terceiros para impulsionar propaganda negativa contra adversários políticos, por meio da contratação de influenciadores digitais. A Justiça considerou que tais práticas configuraram vantagens indevidas com impacto eleitoral.
A vice da chapa, Antônia Fernandes, foi absolvida por falta de provas de participação direta nas irregularidades. A condenação é passível de recurso, mas reforça os impedimentos legais enfrentados por Marçal, que já acumula outras duas sentenças pelo Tribunal Regional Eleitoral por estratégias consideradas irregulares, como venda de apoio político e utilização de cortes remunerados de vídeos.
Com isso, o empresário permanece impedido de disputar eleições até o ano de 2032, exceto se reverter as decisões nas instâncias superiores.