A Vigilância Sanitária interditou, na manhã desta quarta-feira (23), uma padaria localizada no Bairro Serrano, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O local é suspeito de ter vendido uma torta de frango supostamente envenenada que deixou três pessoas em estado grave.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o estabelecimento funcionava sem alvará sanitário e sequer estava cadastrado para iniciar o processo de regularização. Durante a fiscalização, foram encontradas diversas irregularidades relacionadas à higiene e à estrutura do local.
A prefeitura informou ainda que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) está acompanhando o caso. Apesar da interdição sanitária, o alvará de localização e funcionamento da padaria estava regular, conforme a Secretaria Municipal de Política Urbana.
O caso
Na noite de terça-feira (22), três pessoas foram internadas com suspeita de envenenamento após consumirem uma torta de frango adquirida na padaria. As vítimas são uma idosa de 78 anos, internada em um hospital da Região de Venda Nova, em BH, e um casal jovem, de 23 e 24 anos, que foi levado em estado grave para a UTI em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.
Segundo o boletim de ocorrência, o casal estava visitando a idosa na segunda-feira (21), comprou a torta no estabelecimento e percebeu que o alimento estava com gosto e cheiro estranhos. Eles chegaram a devolver o produto e receber o dinheiro de volta. Já em Sete Lagoas, passaram mal e procuraram atendimento médico. A idosa também começou a apresentar sintomas no dia seguinte e foi hospitalizada.
A suspeita inicial é de intoxicação por substâncias como carbamato, organofosforato ou toxina botulínica. A polícia isolou o local, acionou a perícia e levou o dono da padaria para prestar depoimento.
Investigações em andamento
De acordo com a Polícia Militar, os alimentos contaminados foram produzidos no sábado (19) por um padeiro freelancer, que estaria atuando de forma informal na padaria. Os produtos estavam congelados e foram posteriormente aquecidos para venda.
A Polícia Civil recolheu amostras dos alimentos para análise e tenta localizar o padeiro, que, segundo o dono do estabelecimento, não deixou informações de contato e foi pago em dinheiro. O proprietário também alegou que um incêndio recente danificou as câmeras de segurança, dificultando a identificação do funcionário temporário.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação e que mais informações serão divulgadas após a conclusão dos laudos periciais.
Fonte: Redação