Padrasto é preso em São Bernardo do Campo suspeito de envenenar enteado com bolinho de mandioca

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Foto: G1
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A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira (16) Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto de Lucas da Silva, de 19 anos, que está internado em estado grave após consumir um bolinho de mandioca supostamente envenenado. O caso ocorreu na última sexta-feira (11), em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Contradições e suspeitas de premeditação

Segundo a delegada Liliane Doretto, responsável pela investigação, Ademilson apresentou contradições em seus depoimentos e tentou culpar sua irmã, que havia preparado os bolinhos a pedido dele. A polícia considera que o padrasto agiu de forma premeditada, sendo o único que manipulou e distribuiu os alimentos para cada membro da família.

“Ele é extremamente possessivo e manipulador. A mãe de Lucas já havia alertado sobre o comportamento estranho dele. O jovem estava prestes a começar um novo emprego e planejava se mudar, o que pode ter despertado ciúmes e medo de abandono”, afirmou a delegada.

Mensagem comprometedora e histórico de controle

Um print obtido pela TV Globo mostra uma conversa entre Ademilson e um pastor, na qual ele afirma estar com depressão e revela que já pensou em matar o enteado, mas que “Deus o havia livrado disso”.

Familiares relataram que Ademilson tinha um comportamento controlador, chegando a trancar os filhos em casa para impedir que saíssem para atividades simples, como jogar bola ou viajar.

Estado de saúde de Lucas

Lucas permanece internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com suporte ventilatório e vigilância neurológica. Segundo boletim da Prefeitura de São Bernardo, ele passou por hemodiálise e aguarda exames toxicológicos que devem confirmar a substância ingerida.

Investigação em andamento

  • A polícia recolheu amostras dos bolinhos e ingredientes nas casas de Lucas e da tia
  • O caso foi registrado como tentativa de homicídio
  • A delegada já solicitou a prisão preventiva de Ademilson, que deve ser transferido para a delegacia de São Caetano do Sul, que funciona 24 horas.
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