Palestina denuncia campanha israelense contra organizações humanitárias

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UNRWA em Gaza (Foto: Reuters)

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina condenou neste domingo (16) as medidas adotadas por Israel contra organizações humanitárias internacionais que prestam assistência à população da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina denunciou “a campanha de restrições da ocupação israelense”, pedindo que o mundo aja imediatamente.

Vemos com grande preocupação as ações tomadas contra organizações não governamentais que operam nos territórios ocupados, enfatizou.

Entre essas ações, o comunicado menciona os obstáculos impostos por Israel a esses organismos internacionais para obter licenças e exercer suas funções, o que os impede de “fornecer ajuda e alívio humanitário a milhões de palestinos”.

Tais medidas fazem parte de uma estratégia para isolar nosso povo e ocultar as graves violações cometidas pelas autoridades israelenses, disse o ministério.

Especificamente, os palestinos criticam as leis adotadas contra a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

Os regulamentos proíbem a atividade da UNRWA em “áreas sob soberania israelense”, incluindo Jerusalém Oriental, que está ocupada desde a guerra de 1967.

A proibição se estende ao funcionamento de escritórios de representação e à prestação de serviços, enquanto a segunda lei proíbe qualquer contato entre as autoridades e a organização.

Também impõe obstáculos às negociações da agência com bancos israelenses, à obtenção de transferências financeiras e ao pagamento de salários.

O governo palestino, a ONU e várias ONGs denunciaram repetidamente tais medidas porque elas também interrompem a coordenação para garantir a movimentação segura de seu pessoal ou, no caso de estrangeiros, os impedem de obter vistos.

A UNRWA tinha sua sede temporária no bairro palestino de Sheikh Jarrah, localizado em Jerusalém Oriental.

A UNRWA atende mais de 110.000 refugiados somente em Jerusalém, um número que aumenta significativamente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Recentemente, seu comissário-geral, Philippe Lazzarini, alertou que não há alternativa a esta instituição, que fornece educação, saúde e diversos serviços a milhões de palestinos.

Fonte: Brasil247
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