Mesmo após ser inocentado das acusações de manipulação de cartões, o meia Lucas Paquetá, do West Ham, ainda enfrentará sanções por não colaborar com as investigações conduzidas pela Federação Inglesa (FA). A entidade confirmou que o jogador violou regras ao deixar de fornecer documentos e informações solicitadas durante o processo.
Uma comissão independente considerou “não comprovadas” as quatro denúncias de que Paquetá teria forçado cartões amarelos para influenciar apostas esportivas. As partidas investigadas incluíam confrontos contra Leicester (2022), Aston Villa, Leeds e Bournemouth (2023). Apesar da absolvição nesse ponto, o colegiado entendeu que houve descumprimento do regulamento por parte do atleta.
A FA ainda não divulgou qual será a penalidade aplicada, mas informou que a decisão será anunciada em breve.
Comissão critica condução da investigação
No relatório publicado nesta quarta-feira (3), a comissão responsável pelo caso questionou a forma como a FA conduziu a apuração, apontando a ausência de especialistas independentes na análise dos dados de apostas. A investigação teve início em agosto de 2023, e Paquetá foi formalmente acusado em maio de 2024.
As suspeitas impactaram a carreira do camisa 10 da seleção brasileira por mais de um ano, e mesmo com a rejeição das acusações principais, seu nome segue vinculado à polêmica até a definição da punição por não cooperação.
Paquetá segue como peça-chave no West Ham
Em comunicado, a FA reforçou seu compromisso com a integridade do futebol e afirmou que continuará realizando investigações rigorosas em casos graves de violação das regras.
Contratado pelo West Ham em agosto de 2022 por £36,5 milhões (cerca de R$ 241 milhões), Paquetá foi fundamental na conquista da Conference League — o primeiro título europeu da história do clube — e permanece como um dos principais nomes da equipe londrina.
