O influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, radicado nos Estados Unidos, voltou a se manifestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez elogiando publicamente o ministro Luiz Fux por sua postura no julgamento de Jair Bolsonaro. Em contraste com o relator Alexandre de Moraes, Fux adotou uma posição divergente, defendendo a nulidade do processo por cerceamento de defesa e questionando a competência do STF para julgar o caso.
Nas redes sociais, Figueiredo afirmou que o voto de Fux se destaca “inclusive no nível intelectual”, classificando-o como uma “tese jurídica” em oposição ao que chamou de “discurso político” de outros ministros. “Não há como negar que Fux honra a toga”, escreveu o influenciador, que tem histórico de críticas ao STF e é aliado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Divergência interna e sanções internacionais
Figueiredo também abordou a possibilidade de sanções internacionais, afirmando que Fux não corre risco de ser incluído na lista de autoridades punidas pela Lei Magnitsky — legislação americana voltada a violadores de direitos humanos. Segundo ele, Fux teria sido poupado por já demonstrar uma postura independente em relação à maioria da Corte.
O apresentador, que mantém proximidade com o governo de Donald Trump, tem atuado ativamente na defesa de sanções contra membros do STF, especialmente aqueles envolvidos no julgamento da chamada trama golpista. Ele e Eduardo Bolsonaro têm pressionado autoridades norte-americanas para que medidas sejam adotadas contra ministros como Alexandre de Moraes, que Figueiredo acusa de representar interesses políticos dentro da Corte.
As declarações ocorrem em um momento de forte polarização institucional, com o julgamento de Bolsonaro reacendendo tensões entre setores da direita e o Judiciário. O voto de Fux, que surpreendeu ao acolher uma preliminar rejeitada por Moraes e Flávio Dino, foi celebrado por apoiadores do ex-presidente e criticado por parlamentares da esquerda.
