Um estudo recente revelou um crescimento significativo no consumo de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e ansiolíticos, entre jovens adultos no Brasil. A pesquisa analisou dados de mais de 58 mil trabalhadores e identificou que esse grupo tem apresentado aumento constante na busca por tratamentos relacionados à saúde mental.
Impacto das mudanças sociais e profissionais
Especialistas apontam que o crescimento no consumo está ligado a fatores como:
- Isolamento social vivido nos últimos anos, que afetou relações interpessoais;
- Pressões no mercado de trabalho, como instabilidade e expectativas elevadas;
- Excesso de informação e tecnologia, gerando fadiga mental crônica;
- Sobrecarga de responsabilidades, especialmente entre mulheres, que enfrentam desafios como a dupla jornada.
Mulheres são as mais impactadas
O estudo mostrou que o impacto é mais acentuado entre mulheres jovens, que lidam com exigências profissionais, familiares e sociais. Dados indicam que esse grupo representa 79% a mais no consumo de medicamentos para saúde mental em comparação aos homens.
Além disso, estatísticas revelam que mulheres correspondem a 64% dos afastamentos por transtornos mentais no Brasil, reforçando a necessidade de atenção especial para esse público.
O levantamento sugere que o número de pessoas em tratamento pode continuar crescendo a curto e médio prazo, principalmente enquanto não houver mudanças estruturais no ambiente corporativo e social.
A expectativa é que, à medida que empresas implementem políticas de apoio psicológico e prevenção, o cenário se torne mais equilibrado, promovendo práticas saudáveis para o bem-estar mental dos profissionais.