PF aponta envio de vídeos por Bolsonaro após proibição do STF

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Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou mais de 300 vídeos por meio do WhatsApp com apoiadores, mesmo após ter sido proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de utilizar redes sociais próprias ou de terceiros. A prática teria ocorrido no dia 3 de agosto de 2025, data marcada por manifestações em apoio ao ex-presidente em diversas cidades do país.

Segundo o relatório da PF, os vídeos enviados tratavam da divulgação dos atos públicos e da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. A investigação identificou que Bolsonaro utilizou o aplicativo de mensagens para contornar a decisão judicial, o que, de acordo com os agentes, se assemelha ao modus operandi de grupos conhecidos como “milícias digitais”.

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Um dos exemplos citados no documento refere-se às manifestações em Salvador (BA), onde as mensagens foram compartilhadas pelo ex-presidente ao menos 363 vezes. A PF destacou que o volume e a dinâmica dos envios indicam uma tentativa de burlar a ordem judicial que proibia a retransmissão de conteúdos por qualquer meio digital.

O relatório também integra o inquérito que levou ao indiciamento de Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), relacionado às sanções impostas pelos Estados Unidos. Durante as diligências, o celular do ex-presidente foi apreendido e analisado pelos investigadores.

A defesa de Bolsonaro declarou que foi surpreendida com o indiciamento e afirmou que prestará os esclarecimentos solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes.

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