Peritos da Polícia Federal deram início ao processo de extração de dados do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, apreendido durante operação determinada pelo Supremo Tribunal Federal no último dia 18. A medida faz parte das investigações em curso sobre obstrução de Justiça e planejamento de ações contra o Estado Democrático de Direito.
O desbloqueio do aparelho enfrenta obstáculos técnicos por não haver colaboração do investigado quanto ao fornecimento da senha. A perícia utiliza ferramentas avançadas e um programa específico capaz de acessar informações por meio de vulnerabilidades do sistema, respeitando critérios como modelo, sistema operacional e integridade física do dispositivo.
Após a transferência dos dados, será elaborado um laudo pericial a ser encaminhado ao setor de inteligência da PF. A análise dos conteúdos pode incluir arquivos armazenados, comunicações em aplicativos protegidos por senha e registros de atividade que ajudem a compor os elementos do inquérito.
Bolsonaro nega irregularidades e afirma ser vítima de perseguição política. Além da apreensão do celular, ele está submetido a medidas cautelares como tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e restrição ao uso direto ou indireto de redes sociais.