PF investigará ataque hacker a sistemas de instituições financeiras conectadas ao BC

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) irá instaurar um inquérito para investigar um ataque cibernético que atingiu sistemas de instituições financeiras por meio da empresa C&M Software, responsável por prover serviços tecnológicos que conectam essas instituições ao Banco Central (BC). A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Segundo nota divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (2), a C&M — uma das nove empresas homologadas para atuar na infraestrutura do sistema Pix — comunicou a ocorrência do ataque. Em resposta, o BC determinou o desligamento imediato do acesso das instituições afetadas às suas infraestruturas operadas pela C&M.

A BMP, instituição que oferece plataforma digital para serviços bancários e uma das afetadas pela invasão, afirmou que houve acesso indevido à sua conta de reserva no Banco Central, que é utilizada para liquidação de transações interbancárias. A instituição garantiu que nenhum cliente final foi impactado e que dispõe de garantias para cobrir integralmente os valores comprometidos. A BMP também confirmou que suas operações seguem normais.

A C&M classificou-se como “vítima direta” da ação criminosa e informou que está colaborando com o Banco Central, a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo. Em nota, a empresa alegou que o ataque envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentativa de acesso fraudulento aos seus sistemas.

As investigações visam apurar a origem e a extensão da violação, além de confirmar se as contas acessadas pertenciam exclusivamente às próprias instituições financeiras — e não a clientes comuns. O BC ressaltou que seus sistemas principais seguem íntegros e que o ataque não comprometeu a segurança das operações do Pix em escala sistêmica.

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