PGR solicitou buscas contra Mauro Cid após saída de familiares do Brasil

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Foto: Reprodução / TV Justiça

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, enviou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando buscas contra Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido ocorreu após a saída de familiares de Cid do país no último mês, levantando suspeitas sobre uma possível tentativa de fuga.

Pedido de prisão e suspeitas sobre documentação migratória

Na representação oficial, Gonet solicitou a prisão preventiva de Mauro Cid e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Contudo, apenas a prisão de Gilson Machado foi acatada.

As investigações apontam que, em maio de 2025, os pais, esposa e filhas de Cid embarcaram para Los Angeles (EUA) em um voo com escala no Panamá. No entanto, uma irregularidade chamou atenção dos investigadores:

“Embora tenha sido localizada a reserva (…) não há registro de procedimento migratório de saída do país, e seu nome não consta na lista de passageiros do referido voo.”

A ausência desse registro reforçou a hipótese de que Cid e Gilson Machado poderiam estar buscando alternativas para viabilizar a saída do militar do país, evitando sua responsabilização judicial.

Indícios de obstrução e acesso a dados sigilosos

A Procuradoria-Geral da República acredita que há elementos para suspeitar de obstrução de investigação e favorecimento pessoal, além do risco de obtenção de documentos por meio de outras embaixadas ou consulados.

Diante desse cenário, o PGR pediu:

  • Prisão preventiva de Gilson Machado e Mauro Cid;
  • Busca e apreensão pessoal e domiciliar, incluindo dispositivos eletrônicos dos investigados;
  • Acesso a registros bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos de Mauro Cid para aprofundar as apurações.

A Polícia Federal segue analisando os dados fornecidos pela PGR, cruzando informações sobre a saída da família de Cid e possíveis movimentações relacionadas à obtenção de um passaporte estrangeiro.

O STF ainda não se manifestou sobre o pedido de busca e apreensão contra Cid, mas a investigação avança com a expectativa de que novas revelações possam influenciar o andamento do caso.

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