O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com os três meses anteriores. Com esse resultado, a economia nacional atingiu o maior nível da série histórica iniciada em 1996, totalizando R$ 3,2 trilhões em bens e serviços produzidos.
Na comparação anual, o PIB teve alta de 2,2% em relação ao segundo trimestre de 2024. No acumulado do primeiro semestre, o crescimento foi de 2,5%, enquanto nos últimos quatro trimestres o avanço chegou a 3,2%.
Pela ótica da produção, o setor de serviços cresceu 0,6%, seguido pela indústria com 0,5%. A agropecuária teve leve retração de 0,1%. Já pelo lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,5%, enquanto os investimentos caíram 2,2% e o consumo do governo recuou 0,6%.
A desaceleração em relação ao primeiro trimestre, que havia registrado alta de 1,3%, foi atribuída à política monetária restritiva. A taxa básica de juros (Selic) está em 15% ao ano, o maior nível desde 2006, o que impacta negativamente setores dependentes de crédito, como construção civil e bens de capital.
O setor de serviços manteve desempenho positivo, impulsionado por atividades financeiras, tecnologia da informação e transporte de passageiros. A agropecuária, embora tenha recuado no trimestre, foi responsável pela maior alta anual, com crescimento de 10,1% frente ao mesmo período de 2024.
A expectativa do mercado para o PIB de 2025 é de crescimento de 2,19%, enquanto a projeção oficial do Ministério da Fazenda aponta para 2,5%.