A partir desta segunda-feira (1º), o implante contraceptivo hormonal Implanon passa a ser oferecido obrigatoriamente pelos planos de saúde no Brasil. A medida vale para mulheres entre 18 e 49 anos e inclui o procedimento de inserção do dispositivo, realizado em consultório médico com anestesia local.
O Implanon é uma haste flexível colocada sob a pele do braço, que libera continuamente o hormônio etonogestrel, impedindo a ovulação. Com duração de até três anos, o método é considerado o mais eficaz entre os disponíveis no mercado, com taxa de falha de 0,05%. O índice é inferior ao da vasectomia e do DIU hormonal.
Apesar da alta eficácia, o uso do Implanon é contraindicado para mulheres com histórico de câncer de mama, doenças hepáticas graves, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel. Os efeitos adversos mais comuns incluem dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação. Casos raros de infecção estão associados a falhas técnicas durante o procedimento.
Em caso de negativa de cobertura por parte das operadoras, a recomendação é que a beneficiária registre reclamação diretamente com a empresa e, se necessário, acione a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A medida integra a lista de procedimentos obrigatórios atualizada pela agência reguladora.
O Ministério da Saúde também confirmou que o Implanon será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2025, com previsão de distribuição para cerca de 500 mil mulheres em todo o país.