O pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, permanece em estado crítico após ser baleado na cabeça durante um ato de campanha em Bogotá, no sábado (7 de junho). Segundo o hospital Santa Fé de Bogotá, onde Uribe está internado, ele teve pouca resposta ao tratamento e seu quadro continua grave.
O governo colombiano anunciou uma recompensa de US$ 729 mil (cerca de R$ 4 milhões) para identificar os mandantes do atentado. Um adolescente de 15 anos foi preso como suspeito de ter efetuado os disparos, mas as autoridades acreditam que o crime pode ter sido encomendado por um grupo criminoso ou político.
Mais de cem investigadores da polícia foram mobilizados para esclarecer os motivos do ataque. No domingo (8 de junho), apoiadores do senador saíram às ruas de Bogotá em protesto e para manifestar solidariedade ao político.
Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín em 1991.
Nos últimos 50 anos, a Colômbia registrou três atentados fatais contra candidatos presidenciais: Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990). Além disso, houve tentativas de assassinato contra o ex-presidente Álvaro Uribe.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou a abertura de investigações e condenou o ataque. O governo brasileiro também repudiou o atentado, afirmando que confia na plena apuração do caso pelas autoridades colombianas.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, classificou o episódio como uma tentativa de assassinato e reforçou o apoio à democracia colombiana.
Fonte: Redação