Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve queda nesta quarta-feira (16), refletindo a cautela dos investidores diante das negociações comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros internacionais, além da atenção redobrada à demanda sazonal do verão no Hemisfério Norte e aos riscos geopolíticos no Oriente Médio.
Fechamento dos contratos
- WTI (agosto): caiu 0,21%, encerrando a US$ 66,38 por barril
- Brent (setembro): recuou 0,28%, cotado a US$ 68,52 por barril
Principais fatores de pressão
- Rússia continua sendo o maior fator de instabilidade no mercado, segundo a consultoria Rystad Energy, com sanções e tetos de preços sendo reconsiderados
- A Opep+ pode iniciar cortes adicionais na produção até o fim do ano para conter o excesso de oferta
- Ataques com drones a campos petrolíferos no norte do Iraque aumentaram as tensões regionais, embora sem vítimas
Estoques e demanda
- Os estoques de petróleo nos EUA caíram 3,859 milhões de barris, totalizando 422,162 milhões na última semana, contrariando previsões de estabilidade
- A demanda por combustíveis deve crescer com o pico da temporada de viagens, mas analistas alertam para estruturas de consumo mais fracas em comparação com períodos pré-pandemia
Projeções para os próximos meses
- A Rystad projeta que o Brent deve se manter em torno de US$ 60 até o fim do ano, com média de US$ 66 no terceiro trimestre e US$ 63 no quarto
- O prêmio de risco pode aumentar a volatilidade, especialmente com as tensões entre Rússia e Ucrânia, e possíveis sanções ao Irã e Venezuela.