Durante uma cerimônia religiosa em Ramallah, o primeiro-ministro palestino Mohammad Mustafa acusou o governo israelense de lançar uma ofensiva militar com o objetivo de impedir a formação de um Estado palestino soberano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A declaração foi feita na Igreja Evangélica Luterana da Esperança, em meio a orações pela população de Gaza.
Mustafa denunciou que os ataques israelenses têm atingido não apenas alvos militares, mas também civis e locais de importância cultural e social. “Tudo está na mira do exército invasor — igrejas, mesquitas, escolas, hospitais, crianças e mulheres”, afirmou, destacando o impacto devastador sobre a vida palestina.
O premiê alertou que a ofensiva se estende além de Gaza, atingindo também a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Apesar da destruição, ele reafirmou o compromisso do governo com a reconstrução e com o projeto de um Estado palestino. “Não deixaremos nosso povo sozinho. Reconstruiremos Gaza e estabeleceremos um Estado”, declarou.
Mustafa classificou o momento como uma batalha decisiva entre ocupação e liberdade, destruição e reconstrução. Segundo ele, a resistência palestina tem ganhado apoio internacional diante da nova onda de ataques.
A ofensiva israelense ocorre em um cenário de agravamento da crise humanitária, com infraestrutura destruída, escassez de alimentos e milhares de famílias deslocadas.