Um caso de violação sexual mediante fraude gerou revolta e indignação em Luzimangues, distrito de Porto Nacional, no Tocantins. O professor de canto Hallan Richard Morais Cruz, de 26 anos, foi preso em flagrante na última sexta-feira (25) após investigações apontarem que ele oferecia um líquido às suas alunas — que dizia melhorar o desempenho vocal —, mas que, na verdade, continha seu próprio sêmen.
De acordo com a Polícia Civil, Hallan aplicava o golpe durante as aulas de canto, oferecendo o que chamava de um “chá especial”, afirmando que a bebida auxiliaria na elasticidade e na resistência das cordas vocais. Algumas alunas desconfiaram da prática e denunciaram o professor. Em depoimento, o investigado confessou que o líquido era, de fato, sêmen.
As autoridades chegaram até Hallan depois que uma das vítimas, desconfiada da substância, procurou a polícia. Durante a investigação, o irmão do suspeito entregou espontaneamente um HD externo que continha gravações mostrando alunas ingerindo a bebida, sem saber do que se tratava. Além das imagens, foram encontrados no material vídeos de pornografia envolvendo mulheres e também possíveis conteúdos de pornografia infantil.
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informou que já solicitou autorização judicial para realizar a extração e análise dos dados do HD apreendido, com o objetivo de confirmar a existência de materiais ilegais e identificar eventuais outros crimes.
Além do flagrante atual, Hallan Richard também já respondia a um outro inquérito policial, instaurado em 2021, que investiga um suposto caso de estupro de vulnerável. O histórico do investigado reforçou o pedido da polícia para que a prisão em flagrante fosse convertida em prisão preventiva, medida que foi acatada pela Justiça no último domingo (27).
Em nota pública, a família de Hallan repudiou veementemente as atitudes atribuídas a ele, expressando solidariedade às vítimas e afirmando colaborar plenamente com as investigações.
A Polícia Civil segue com a apuração do caso e faz um apelo para que outras possíveis vítimas compareçam à delegacia para prestar depoimento.

Fonte: Redação