Projeto para barrar alta do IOF avança na Câmara com relator da oposição

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Plenário da Câmara dos Deputados • 13/02/2025 - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados pode votar ainda nesta quarta-feira (25) um projeto que anula os decretos do governo federal que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em diversas modalidades. A proposta ganhou força após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), da oposição, como relator da matéria.

O gesto foi interpretado como uma sinalização clara ao centrão e à base oposicionista, que vêm demonstrando insatisfação com a condução da política econômica do governo e com o ritmo de liberação de emendas. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a escolha como “provocação infantil” e criticou a falta de diálogo.

O projeto em questão visa suspender os efeitos de decretos editados entre maio e junho de 2025, que reajustaram o IOF em operações de crédito, câmbio e outras transações financeiras. Chrisóstomo deve apresentar um parecer que propõe revogar todos os aumentos recentes.

A medida, que inicialmente não constava na agenda da semana, foi incluída de última hora e passou a constar na pauta de votações do plenário. O anúncio pegou aliados do Palácio do Planalto de surpresa e gerou uma reação imediata de ministros e parlamentares governistas nas redes sociais, em defesa dos decretos editados pela equipe econômica de Lula.

Para o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a escolha fortalece o discurso da oposição contra a carga tributária elevada. Ele afirmou que “a urgência falou por si só” e que o relator representa “a luta por justiça fiscal e alívio para o povo brasileiro”.

O governo, por sua vez, argumenta que os reajustes visam recompor receitas e equilibrar as contas públicas em meio a um cenário de desaceleração econômica.

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