O Partido dos Trabalhadores realiza neste domingo (6) sua eleição direta para renovar comandos municipais, estaduais e a direção nacional. A disputa pela presidência do partido expõe divergências sobre alianças para 2026, relação com o governo Lula e gestão da política econômica.
Edinho Silva, da corrente majoritária, defende apoio explícito à agenda do Palácio do Planalto, com críticas à taxa de juros e voto de confiança ao Banco Central sob Gabriel Galípolo. Rui Falcão, ex-presidente da sigla, prega autonomia partidária e maior taxação de super ricos para ampliar a arrecadação, sem elevar gastos.
Já Valter Pomar, da corrente Articulação de Esquerda, rejeita alianças com a centro-direita e afirma que a política de déficit zero é “suicídio”. Para ele, Galípolo é um erro estratégico e o PT deve ser mais crítico em relação ao governo.
Romênio Pereira, da ala minoritária, não se posicionou publicamente sobre os temas centrais da campanha interna. O resultado das urnas deve indicar o tom da legenda na articulação para a sucessão presidencial e nas negociações com demais partidos da esquerda.