Putin Sinaliza Abertura para Negociações de Paz, Mas Mantém Pressão Militar sobre Ucrânia

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Vladimir Putin (Foto: Alexander Kazakov/TASS)
Vladimir Putin (Foto: Alexander Kazakov/TASS)

Durante visita oficial à China nesta quarta-feira (3), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que há possibilidade de encerrar a guerra na Ucrânia por meio de negociações, desde que prevaleça o “bom senso” entre as partes envolvidas. Apesar do tom otimista, ele deixou claro que, caso o diálogo não avance, Moscou está preparada para recorrer à força militar.

Falando em Pequim, após firmar um acordo para a construção de um novo gasoduto entre Rússia e China, Putin declarou ver “uma certa luz no fim do túnel” para a resolução do conflito.

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“Se o bom senso prevalecer, será possível chegar a um acordo aceitável para acabar com esse conflito”, disse, segundo a agência Reuters.

O líder russo também elogiou a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacando o “desejo sincero” da atual administração americana em buscar uma solução diplomática. No entanto, Putin advertiu:

“Caso contrário, teremos que resolver todas as tarefas que temos pela frente pela força das armas.”

 Exigências e impasses

Apesar da disposição para negociar, Putin manteve exigências já conhecidas, como a retirada da candidatura da Ucrânia à OTAN e o fim das alegadas discriminações contra falantes de russo. Ele também se mostrou aberto a um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky — desde que o líder aceite viajar a Moscou e que a reunião seja “bem preparada e produtiva”.

O governo ucraniano, por sua vez, rejeitou a proposta. O chanceler Dmytro Kuleba classificou a ideia de uma reunião em território russo como “inaceitável”.

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 Negociações travadas e pressão internacional

Zelensky segue pressionando por um encontro direto com Putin, mas as condições impostas por ambos os lados mantêm o diálogo distante. O presidente ucraniano também pediu aos EUA que ampliem as sanções contra Moscou, caso não haja avanço nas negociações. Trump, que tenta atuar como mediador, ainda não aplicou novas sanções secundárias, embora tenha ameaçado fazê-lo.

Putin reforçou sua preferência por uma solução pacífica, mas não descartou ações militares.

“Preferiria terminar a guerra por meios pacíficos, se possível”, afirmou.

A Rússia continua a reivindicar a anexação de quatro regiões ucranianas — uma alegação amplamente rejeitada por Kiev e pela comunidade internacional, que considera a ação uma violação do direito internacional e uma tentativa de conquista territorial.

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