Entre os dias 19 e 26 de agosto, 881 pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia, no litoral sul de São Paulo. Apenas um animal foi resgatado com vida. Os dados foram divulgados pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que acompanha encalhes de fauna marinha na região.
O maior número de mortes em um único dia foi registrado em 19 de agosto, com 176 aves encontradas. Desde o início do inverno, ao menos 3.342 pinguins morreram ao longo da costa brasileira. A espécie migra anualmente da Patagônia argentina em busca de águas mais quentes, mas enfrenta desafios como exaustão, escassez de alimento, doenças e interações com atividades humanas, especialmente a pesca.
A maioria dos animais estava em avançado estado de decomposição, dificultando a identificação precisa das causas. As análises realizadas até o momento não indicam presença de parasitas, mas apontam quadros infecciosos e lesões compatíveis com redes de pesca.
Especialistas alertam que o número de mortes pode variar de acordo com as condições ambientais e a disponibilidade de alimento no mar. O público é orientado a não tocar nos animais encalhados e a acionar equipes de resgate em caso de avistamento de pinguins vivos nas praias.
