As exportações brasileiras de pescado para os Estados Unidos caíram 70% desde a entrada em vigor da tarifa de 50% determinada pelo governo Trump, gerando reação imediata do setor. Indústrias suspenderam contratos, concederam férias coletivas e avaliam demissões em massa.
Líderes da cadeia produtiva participaram de reuniões com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para reivindicar a postergação da medida e acesso a crédito emergencial. A proposta inclui linhas de financiamento para empresas afetadas e pressão diplomática sobre Washington.
Com a produção excedente sem destino, a principal alternativa — a União Europeia — segue com embargo sanitário às exportações brasileiras de pescado desde 2017. A falta de alternativa acentua o risco de paralisação na cadeia, já que o mercado interno não absorve os volumes direcionados originalmente aos EUA.
A reabertura de negociações com o bloco europeu e a tentativa de inclusão do setor pesqueiro no acordo Mercosul-UE foram defendidas como saídas estratégicas. Representantes também solicitam diálogo direto com importadores americanos para demonstrar os prejuízos causados pela sanção comercial às empresas dos dois países.