A demissão de Christian Horner, anunciada pela Red Bull Racing na última quarta-feira (9), marca o fim de uma era na Fórmula 1 e pode gerar prejuízos milionários para a escuderia. Segundo o The Telegraph, a rescisão contratual — válida até 2030 — pode render ao ex-chefe uma indenização superior a £50 milhões (cerca de R$ 374 milhões), podendo ultrapassar £60 milhões (R$ 449 milhões) devido ao salário anual estimado em £9 milhões.
Motivações e impacto
A saída de Horner ocorre em meio a uma série de crises internas e decisões controversas:
- Alto custo salarial e desgaste político dentro da equipe
- Renovação polêmica com Sergio Pérez, dispensado em 2024
- Relação tensa com Max Verstappen e seu pai, Jos Verstappen
- Desempenho abaixo do esperado: Red Bull ocupa apenas a 4ª posição no campeonato de construtores
Segundo o Corriere della Sera, a Ferrari não tem interesse em contratar Horner, citando comportamento profissional questionável.
Repercussão e sucessão
O ex-chefe da F1, Bernie Ecclestone, classificou a demissão como “algo muito sério”. A decisão também gerou desconforto entre rivais como McLaren e Mercedes, e reacendeu disputas internas na Red Bull.
O francês Laurent Mekies, ex-Ferrari e chefe da Racing Bulls, foi nomeado como novo chefe de equipe da Red Bull Racing. Ele assume o desafio de reestruturar a equipe em meio à instabilidade e à possível saída de Verstappen em 2026.
Legado de Horner
Durante seus 20 anos no comando, Horner transformou a Red Bull em uma potência da F1:
- 🏆 8 títulos de pilotos
- 🏆 6 títulos de construtores
- 🏁 124 vitórias
- 🏁 287 pódios em 405 GPs
Apesar das polêmicas recentes, seu legado técnico e político permanece como um dos mais marcantes da era moderna da Fórmula 1.