Relatório palestino denuncia destruição sistemática da educação em meio à guerra

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Foto: Hatem Khaled/Reuters
Foto: Hatem Khaled/Reuters

Um novo relatório divulgado pelo Ministério da Educação da Palestina nesta terça-feira (8) revelou números alarmantes sobre o impacto da guerra nos territórios palestinos: mais de 18 mil estudantes foram mortos e mais de 31 mil ficaram feridos desde outubro de 2023, em ataques atribuídos às forças israelenses. A maioria das vítimas está concentrada na Faixa de Gaza, onde também foram destruídas 252 escolas e universidades, incluindo instituições ligadas à UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos.

Além dos estudantes, o relatório aponta a morte de 928 professores e funcionários, além de milhares de feridos e quase 200 detidos. Na Cisjordânia, mais de 150 escolas foram atacadas, incluindo oito universidades, evidenciando o alcance da ofensiva sobre a infraestrutura educacional.

Organizações internacionais como a Human Rights Watch, a Anistia Internacional e a própria ONU têm alertado que os ataques a instituições educacionais podem configurar crimes de guerra, por violarem princípios da Convenção de Genebra e atingirem diretamente populações civis protegidas.

O relatório soma-se a uma série de denúncias sobre o colapso das condições de vida nos territórios palestinos. Segundo a ONU, mais de 56 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito, com 82% da Faixa de Gaza sob ordens de deslocamento ou ocupação militar. A crise humanitária se agrava com a escassez de alimentos, medicamentos e acesso à educação.

Enquanto isso, o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, mantém sua ofensiva com apoio dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump tem vetado resoluções no Conselho de Segurança da ONU que pedem cessar-fogo e proteção aos civis.

O relatório palestino reforça o alerta de que a juventude está sendo duplamente atingida: como vítima direta da violência e como símbolo de resistência diante da destruição de seu direito à educação e à dignidade.

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