O rendimento médio dos brasileiros atingiu R$ 3.057 em 2024, o maior valor já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8 de maio).
O número supera o recorde anterior, registrado em 2014, quando o rendimento médio foi de R$ 2.974.

Crescimento impulsionado pelo trabalho
Segundo o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, o aumento do rendimento médio foi impulsionado principalmente pela renda do trabalho, que teve um crescimento significativo nos últimos anos.
O rendimento médio mensal real do trabalho no Brasil alcançou R$ 3.225, o maior valor da série histórica. O aumento representa uma alta de 3,7% em relação a 2023, que já havia mostrado um crescimento expressivo de 7,2%.
Já o valor médio de outras fontes de renda, como aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais, permaneceu praticamente inalterado em relação ao ano anterior, sendo estimado em R$ 1.915.
Diferença entre estados
Apesar do crescimento geral, a diferença entre os rendimentos médios nos estados continua grande.
O menor valor foi registrado no Maranhão, com R$ 1.078, enquanto o maior foi no Distrito Federal, com R$ 3.276 — uma diferença de R$ 2.198.
Os estados das regiões Norte e Nordeste tiveram os menores rendimentos em 2024, enquanto os estados do Sul e Sudeste aparecem entre aqueles com os maiores valores.
Programas sociais e impacto na desigualdade
Outro destaque da pesquisa foi o aumento na proporção de brasileiros que recebem programas sociais do governo. Em 2024, 9,2% da população declarou ter algum tipo de benefício, um crescimento de 0,6 ponto percentual em relação a 2023.
O valor médio dos rendimentos provenientes de programas sociais também atingiu um recorde, chegando a R$ 836, um aumento de 2,2% em comparação ao ano anterior.
Índice de desigualdade
O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, registrou o menor valor da série histórica em 2024, indicando uma leve melhora na distribuição de renda no país.
