Rússia exige fim da violência de Israel contra civis palestinos e retirada do bloqueio à Faixa de Gaza

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Foto: TASS
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Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (16), o representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, fez um apelo direto a Israel, exigindo o fim imediato das ações militares contra civis palestinos e o levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza.

Declarações de Nebenzya

  • “Estamos profundamente preocupados com a intensificação das operações israelenses na Cisjordânia, que têm causado destruição em larga escala e agravado a crise humanitária”, afirmou
  • O diplomata denunciou assassinatos, demolições de prédios e tomada de terras, dizendo que tais ações são “inaceitáveis
  • Rejeitou o uso da força para resolver a questão dos reféns em Gaza, classificando os métodos como “ineficazes
  • Defendeu um cessar-fogo imediato, com mediação internacional, e a libertação de todos os detidos

Críticas ao bloqueio e à ajuda humanitária

Nebenzya exigiu que Israel garanta o transporte irrestrito de ajuda humanitária e cesse as restrições que têm impedido a entrada de alimentos, medicamentos e combustível em Gaza. Segundo ele, o bloqueio tem privado famílias deslocadas de qualquer esperança de retorno.

Apoio à conferência internacional

O diplomata russo saudou a iniciativa da Arábia Saudita e da França de realizar, no final de julho, em Nova York, uma conferência internacional em apoio à solução de dois Estados — Israel e Palestina — convivendo pacificamente lado a lado.

“Os anos de confronto árabe-israelense provam que não há e não pode haver outro cenário pacífico para o Oriente Médio”, enfatizou Nebenzya

Contexto de escalada e crise humanitária

  • Desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, mais de 57 mil palestinos morreram e quase toda a população de Gaza foi deslocada
  • A ONU alerta para o agravamento da crise humanitária, com escassez severa de água, alimentos e serviços básicos
  • Tiroteios em torno de pontos de distribuição de ajuda têm causado centenas de mortes, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos
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