Rússia reduz juros para 17% ao ano, mas mantém tom cauteloso diante da inflação

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REUTERS/Maxim Shemetov
REUTERS/Maxim Shemetov

O Banco Central da Rússia anunciou nesta sexta-feira (12) um corte de 100 pontos-base em sua taxa básica de juros, que passou de 18% para 17% ao ano. Esta é a terceira redução consecutiva desde que a autoridade monetária retomou a flexibilização em junho.

Apesar da medida, o BC russo reforçou que manterá uma política monetária restritiva pelo tempo necessário para garantir que a inflação retorne à meta de 4% até 2026. A previsão atual é de que os preços ao consumidor encerrem 2025 entre 6% e 7%.

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Em comunicado, o banco reconheceu uma leve desaceleração no núcleo da inflação, mas apontou aceleração nos preços médios entre julho e agosto. “As medidas subjacentes de inflação continuam acima de 4% em termos anualizados”, destacou a instituição.

 Riscos persistem no horizonte

O BC alertou que os riscos de alta da inflação ainda superam os de desinflação no médio prazo. Entre os fatores citados estão o crescimento da atividade econômica, tensões geopolíticas, deterioração do comércio externo e ausência de ajustes fiscais consistentes.

A autoridade também observou que a economia russa está voltando a uma trajetória mais equilibrada, com aumento no volume de empréstimos nos últimos meses.

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 Rublo reage à decisão

Após o anúncio, o rublo se valorizou frente ao dólar. Às 7h50 (horário de Brasília), a moeda americana era negociada a 84,1150 rublos.

A próxima reunião de política monetária do Banco Central da Rússia está marcada para 24 de outubro de 2025, quando serão divulgadas novas projeções econômicas.

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