Senadores dão como certa a retomada dos 10 anos de mandato previstos no parecer do relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reeleição quando a proposta for analisada pelo plenário da Casa.
Na semana passada, na tentativa de aumentar o tempo dos próprios mandatos dos atuais oito anos para uma década, os senadores acabaram aprovando a redução da duração.
O “cochilo” foi durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) e atribuído a um esvaziamento do colegiado no momento de votação de uma sugestão apresentada pelo líder do PL, Carlos Portinho (RJ).
Críticos da articulação da oposição afirmam que em outros países, assim como no Brasil, o tempo do mandato de um senador é sempre maior que o de um deputado, e que critérios de proporcionalidade precisam ser obedecidos.
O assunto gerou discórdia e até bate-boca entre os parlamentares na reunião de líderes da semana passada, que ocorreu após a votação da CCJ.
Segundo parlamentares ouvidos sob reserva, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o líder do MDB, Eduardo Braga (AM) teriam reclamado com os senadores Portinho e Eduardo Girão (Novo-CE), que articularam a redução vista como uma “pegadinha”.
Líderes do Senado avaliam que o assunto é prioridade da Casa e pode ser votado ainda no mês de junho. Na Câmara, o endosso ao texto ainda é dúvida. Mas os senadores afirmam que há um “pulo do gato” para convencer os deputados: esticar os mandatos dos atuais parlamentares por mais um ano. A colher de chá é vista como um atrativo para a PEC passar pela Câmara.
Fonte: CNN