Setor de carnes reage à tarifa de 50% dos EUA e intensifica diálogo com governo

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Cidasc-SC
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Com a confirmação da tarifa de 50% sobre determinados produtos brasileiros, o setor de carnes intensificou as articulações junto ao governo federal. A medida, oficializada pelos Estados Unidos, afeta diretamente a carne bovina — um dos principais itens da pauta de exportações para o mercado americano.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, se reúne nesta quarta-feira (30) com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Embora o encontro já estivesse agendado, ganhou novo peso diante da decisão norte-americana.

Queda drástica nas exportações

A Abiec, que representa 45 empresas do setor, acompanha com preocupação o cenário desde o anúncio das tarifas. Embora alguns segmentos tenham sido poupados, a medida atinge em cheio a carne bovina, que registrava crescimento expressivo nas exportações:

  • Em 2024, os embarques para os EUA aumentaram 58% em volume e 48,7% em receita, totalizando 147 mil toneladas e US$ 867,4 milhões, segundo a ApexBrasil.

Porém, já nos primeiros seis meses do ano, o impacto da tarifa provisória de 10%, aplicada em abril, foi significativo:

MêsVolume exportado (toneladas)
Abril~48 mil
Junho~18 mil
Julho*~9 mil

\*Dados dos primeiros 21 dias

A queda chega a 80% em apenas três meses, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), acentuando o alerta do setor diante da nova taxação.

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