A varejista global Shein iniciou uma investigação interna após a descoberta de que uma imagem de Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi utilizada em um anúncio de camisa na plataforma. A fotografia, que mostrava Mangione vestindo uma camisa branca de mangas curtas, foi retirada do site assim que a empresa tomou conhecimento do caso.
A imagem gerou suspeitas de ter sido criada ou manipulada por inteligência artificial. Ferramentas de reconhecimento facial indicaram 99,9% de semelhança com registros reais de Mangione utilizados em processos judiciais. Especialistas em IA apontaram sinais de edição digital, como iluminação irregular e texturas artificiais.
Segundo a Shein, o conteúdo foi enviado por um vendedor terceirizado. A empresa afirmou que está reforçando seus protocolos de verificação de imagens e que tomará medidas contra o responsável pela publicação. A plataforma reiterou que mantém padrões rigorosos para todas as listagens comerciais.
O caso reacendeu debates sobre o uso indevido de imagens em ambientes digitais e a responsabilidade das plataformas na curadoria de conteúdo. Mangione, que se declarou inocente das acusações, segue aguardando julgamento nos Estados Unidos. Outras empresas, como Amazon e Etsy, também removeram produtos relacionados ao acusado após repercussão pública.