STF bloqueia salário de Carla Zambelli e intensifica restrições contra deputada

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Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal • Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), notificou a Câmara dos Deputados para suspender o pagamento do salário da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão foi tomada na mesma ordem que decretou a prisão preventiva da parlamentar.

Além do salário, Moraes determinou o bloqueio de verbas de gabinete, impedindo qualquer repasse financeiro à deputada. A notificação foi enviada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ainda não se manifestou sobre o caso.

Condenação e fuga para o exterior

Em maio, Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão também prevê a perda do mandato e a inelegibilidade, mas essas medidas ainda dependem do trânsito em julgado.

Na terça-feira (3 de junho), a deputada anunciou que deixou o Brasil e afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de se mudar para a Itália, onde possui cidadania italiana e acredita estar protegida contra extradição.

Pedido de prisão e Interpol

A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou a viagem ao exterior uma tentativa de fugir da Justiça brasileira e solicitou a prisão preventiva da parlamentar. Moraes acatou o pedido e ordenou o bloqueio de contas bancárias, redes sociais, salários e bens de Zambelli.

A Polícia Federal encaminhou um pedido para incluir o nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol, o que pode torná-la foragida em 196 países, incluindo Estados Unidos e Itália.

O STF também marcou uma sessão extraordinária para esta sexta-feira (6 de junho) para acelerar o julgamento do recurso apresentado pela defesa de Zambelli. Se for rejeitado, a deputada poderá ter que cumprir a pena imediatamente.

Fonte: Redação

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