STF encerra sustentações e inicia fase decisiva do julgamento de Bolsonaro

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Foto: Divulgação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quarta-feira (3) a etapa de sustentações orais no julgamento que apura tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Foram ouvidas as defesas dos quatro últimos réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto.

A defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente foi “dragado” para os acontecimentos de 8 de janeiro e negou envolvimento direto em planos como a operação “Punhal Verde e Amarelo”. O advogado Celso Vilardi também contestou a delação de Mauro Cid, apontando contradições e ausência de perdão judicial ao militar.

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Representando Augusto Heleno, o advogado Matheus Milanez alegou que o general se afastou das decisões do governo na reta final do mandato e negou que anotações encontradas com ele configurem plano de espionagem. A defesa também criticou a atuação do relator Alexandre de Moraes.

Paulo Sérgio Nogueira foi descrito como alguém que tentou convencer Bolsonaro a não aderir a grupos radicais. Segundo seu advogado, o ex-ministro buscou desmobilizar manifestações em frente a unidades militares após a derrota nas urnas.

Já Braga Netto, preso preventivamente, teve sua defesa centrada na contestação da delação de Mauro Cid. O advogado José Luis de Oliveira Lima afirmou que o militar foi coagido e que não há voluntariedade nas declarações prestadas.

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O julgamento será retomado na próxima semana com o parecer do relator e os votos dos demais ministros. São necessários três votos para definir condenações e penas.

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