A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retomou nesta terça-feira (2) o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A sessão foi suspensa para o almoço e, no período da tarde, os advogados dos réus iniciaram as sustentações orais.
Cada defesa tem até uma hora para apresentar seus argumentos. A primeira manifestação foi da equipe jurídica de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que figura como réu e delator no processo. Os demais acusados são Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Pela manhã, o relator Alexandre de Moraes leu o relatório da ação penal, que reúne as etapas da investigação e as alegações finais. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos réus, afirmando que os atos configuram grave ameaça à ordem democrática.
O julgamento está dividido em oito sessões, com datas previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A votação sobre o mérito da ação penal deve ocorrer nas próximas reuniões. As penas podem ultrapassar 30 anos de prisão, dependendo do grau de envolvimento de cada acusado.
