A reta final das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo de 2026 está envolta em incertezas após a África do Sul escalar indevidamente o meio-campista Tebeho Mokoena, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. O jogador atuou na vitória por 2 a 0 sobre o Lesoto, em março, e o episódio ainda aguarda posicionamento oficial da FIFA — cinco meses depois.
Embora a federação sul-africana reconheça o erro, sustenta que, como não houve protesto formal do adversário, os pontos não deveriam ser retirados. No entanto, o regulamento da FIFA é claro: o uso de atleta inelegível implica derrota automática por 3 a 0, salvo se o placar real for mais desfavorável.
Tabela em suspense e rivais pressionando
Com os três pontos ainda válidos, a África do Sul lidera o Grupo C com 13 pontos, seguida por Ruanda e Benin com 8, e a Nigéria com 7. Caso a punição seja aplicada, os sul-africanos cairiam para 10 pontos, reacendendo a disputa pela vaga direta no Mundial.
“Não é normal que não saibamos a situação da tabela antes dos jogos desta semana. Normalmente, a África do Sul deveria perder três pontos”, criticou Gernot Rohr, técnico de Benin.
A Nigéria, próxima adversária da África do Sul em Bloemfontein, também cobrou uma definição:
“O mundo ainda espera a decisão da FIFA”, afirmou a Federação Nigeriana de Futebol em nota oficial.
Vaga direta em jogo
O vencedor do grupo garante classificação direta para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. A indefinição sobre a punição pode alterar completamente o cenário da classificação, com impacto direto nos confrontos decisivos desta semana.
