Tarcísio defende neutralidade na diplomacia e vê crime organizado como maior risco ao Brasil

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Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP
Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

No Fórum de Lisboa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a diplomacia brasileira deve manter sua tradição de “neutralidade” e sempre mirar o interesse nacional, lembrando que “não há amizade entre países, há interesses”. Para ele, o Brasil precisa “fazer seu dever de casa” para retomar investimentos em defesa e garantir sua soberania.

Tarcísio apontou o crime organizado como o “maior risco” global, acima até do risco fiscal. Ele ressaltou que facções criminosas se infiltram em negócios lícitos — de combustíveis a serviços públicos — prejudicando a competitividade e destruindo empresas que jogam segundo as regras. Para enfrentar essa ameaça, defendeu fronteiras protegidas, forças armadas equipadas e uso de tecnologia de ponta.

O governador alertou também para o impacto dos cortes de pessoal federal e das incertezas fiscais sobre a segurança nacional. Segundo ele, só com cooperação federativa — e apoio financeiro a estados e municípios — será possível criar a capacidade de vigiar rotas de contrabando, aeroportos, portos e rodovias, desarticulando as redes de lavagem de dinheiro.

Por fim, Tarcísio ponderou que, embora o alinhamento com países do Sul Global possa ampliar mercados pelo seu peso populacional e econômico, a fragilidade democrática nessas nações afasta investidores e limita o acesso a recursos. “É como ter um estoque de capital gigantesco e restringi-lo a uma parcela minúscula”, criticou.

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