Brasil, União Europeia e México reagiram de forma distinta às tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos sob ordens do presidente Donald Trump. As medidas comerciais, justificadas por alegações políticas e déficit econômico, já geram reflexos nas relações diplomáticas e pressionam negociações bilaterais em andamento.
A União Europeia prepara pacotes retaliatórios que podem alcançar US$ 93 bilhões em produtos americanos. Em resposta, líderes europeus reforçam discursos sobre soberania comercial, enquanto países como Hungria e Itália buscam acordos diretos com Washington. O desafio do bloco está na construção de consenso entre os 27 membros.
O México, economicamente mais exposto aos EUA, tenta preservar acordos de livre comércio e propõe cooperação no controle migratório. O governo mexicano evita medidas duras e concentra esforços em manter acesso aos mercados americanos, especialmente na indústria manufatureira e de exportação.
O Brasil, em posição intermediária, descarta negociar pautas políticas e prepara tarifas pontuais em resposta. O governo brasileiro estuda ações na Organização Mundial do Comércio e mantém diálogo comercial com Washington. Há expectativa de que empresas americanas instaladas no país também sejam afetadas pela retaliação planejada.