O sul do Líbano voltou a ser palco de intensos bombardeios israelenses neste fim de semana. Segundo a Sputnik Brasil, Israel afirma que os ataques têm como objetivo enfraquecer o Hezbollah — grupo considerado inimigo histórico e aliado estratégico do Irã. No entanto, fontes locais denunciam que áreas civis também foram atingidas durante a ofensiva.
Os ataques concentram-se em vilarejos próximos à fronteira, onde Israel alega que o Hezbollah mantém arsenais e bases operacionais. O governo israelense justifica as ações como parte de sua estratégia de defesa, mas organizações internacionais alertam para o agravamento da violência e o risco de um conflito regional de grandes proporções.
A rivalidade entre Israel e Hezbollah remonta à guerra de 2006, que deixou milhares de mortos e deslocados no Líbano. O grupo libanês, apoiado política e financeiramente pelo Irã, é classificado como organização terrorista por Israel e por diversos países ocidentais.
Analistas consultados pela Sputnik Brasil destacam que a atual ofensiva ocorre em um contexto de instabilidade crescente no Oriente Médio, marcado por tensões entre Estados Unidos e Irã. Para especialistas, os bombardeios podem representar uma tentativa do governo israelense de reafirmar poder diante de pressões internas e externas.
A escalada reacendeu alertas na ONU e entre entidades humanitárias, que temem a eclosão de uma guerra aberta, especialmente se outros atores regionais forem envolvidos diretamente.
Enquanto Israel sustenta que age para proteger sua segurança nacional, autoridades libanesas denunciam violações de soberania e apelam à comunidade internacional por uma intervenção urgente. Diplomatas ouvidos pela reportagem alertam que a continuidade dos ataques pode comprometer ainda mais as já frágeis negociações de paz na região.