The Economist retrata Bolsonaro como “Trump dos trópicos”

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Jair Bolsonaro na capa da revista britânica 'The Economist' — Foto: Reprodução

A revista britânica The Economist estampa o ex-presidente Jair Bolsonaro na capa de sua edição de 28 de agosto, retratando-o como um dos principais representantes da “febre populista” que atingiu democracias ocidentais. A publicação destaca o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, marcado para 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal, e afirma que o Brasil oferece uma “lição de democracia” aos Estados Unidos.

Na imagem de capa, Bolsonaro aparece com o rosto pintado de verde e amarelo e usando um chapéu semelhante ao do “viking do Capitólio”, figura que ficou conhecida durante a invasão ao Congresso americano em 2021 por apoiadores de Donald Trump. A associação visual reforça o paralelo traçado pela revista entre os dois líderes, chamando o brasileiro de “Trump dos trópicos”.

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Segundo a reportagem, o golpe fracassado no Brasil não ocorreu por falta de intenção, mas por “incompetência”, e o país se tornou um “caso de teste para a recuperação de nações afetadas pelo populismo”. A publicação cita também os Estados Unidos, Reino Unido e Polônia como exemplos de democracias em crise institucional.

A The Economist critica diretamente o governo Trump, mencionando tentativas de interferência no Federal Reserve, ameaças a cidades governadas por adversários democratas e sanções comerciais impostas ao Brasil em apoio a Bolsonaro. Entre elas, estão tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.

A revista afirma que, ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil demonstra “maturidade política” ao conduzir o processo judicial contra o ex-presidente. “Pelo menos temporariamente, o papel do adulto democrático do hemisfério ocidental se deslocou para o sul”, conclui o texto.

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