O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (12) que seu governo pode abrir uma investigação por crime organizado contra o bilionário George Soros e membros de sua família. A declaração foi feita em entrevista à Fox News e repercutida pela Bloomberg, em meio à escalada de tensões políticas após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk.
Segundo Trump, manifestantes que o confrontaram pacificamente em um restaurante em Washington teriam sido pagos por Soros e outros financiadores. “Eles recebem para exercer essa profissão, vindos do Soros e de outras pessoas. E nós vamos investigar o Soros, porque penso que se trata de um caso de RICO contra ele e outros. Isso é mais do que protesto, é agitação real”, afirmou o presidente.
Lei RICO e ausência de provas
Apesar da gravidade da acusação, Trump não apresentou evidências nem especificou quais membros da família Soros estariam envolvidos. A lei RICO (Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act), citada por ele, é usada para combater organizações criminosas e costuma ser aplicada em casos relacionados à máfia e redes de extorsão.
O presidente também mencionou um “filho radical de esquerda” de Soros, sem nomeá-lo diretamente. Alex Soros, presidente do conselho da Open Society Foundations, é conhecido por apoiar causas progressistas e o Partido Democrata.
Polarização política e resposta ao assassinato de Charlie Kirk
As declarações de Trump ocorrem em meio a um ambiente de forte polarização, intensificado pela morte de Charlie Kirk, influente figura do movimento conservador e aliado próximo do presidente. Em vídeo publicado na quarta-feira (11), Trump prometeu responsabilizar não apenas os autores do crime, mas também entidades que, segundo ele, teriam financiado ou incentivado atos de violência política.
“Minha administração vai encontrar cada um dos envolvidos nesse ato e em outros episódios de violência política, incluindo as organizações que os financiam e apoiam”, declarou.
As falas reforçam a disposição do governo em ampliar investigações contra adversários políticos e filantropos ligados a movimentos progressistas, aprofundando ainda mais as divisões no cenário político norte-americano.