Trump ameaça tarifa de 200% sobre ímãs chineses

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Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca — Foto: Carlos Barria/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que poderá impor uma tarifa de até 200% sobre ímãs importados da China, caso o país asiático não retome o fornecimento desses produtos. A afirmação foi feita em meio à intensificação das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A China, que concentra grande parte das reservas mundiais de terras raras — elementos essenciais para a fabricação de ímãs de alto desempenho —, tem adotado medidas restritivas à exportação desses materiais. Em abril, o governo chinês incluiu ímãs na lista de itens com exportação limitada, em resposta ao aumento de tarifas promovido pelos Estados Unidos.

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As terras raras são compostas por 17 elementos químicos utilizados em tecnologias avançadas, como smartphones, veículos elétricos e equipamentos industriais. Ímãs fabricados com neodímio, samário e disprósio são considerados estratégicos para diversos setores produtivos.

A ameaça de Trump ocorre após um período de trégua tarifária entre os dois países. Em agosto, a China prorrogou por 90 dias a suspensão de tarifas adicionais sobre produtos norte-americanos, mantendo a taxa de 10%. A medida foi tomada após o presidente dos EUA assinar uma ordem executiva estendendo o acordo bilateral.

No entanto, Trump acusou publicamente a China de violar os termos do acordo, o que reacendeu o impasse comercial. Em resposta, o governo chinês pediu o fim das restrições consideradas discriminatórias e defendeu a manutenção dos consensos estabelecidos em negociações anteriores.

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Segundo o Congressional Budget Office (CBO), órgão independente do Congresso dos EUA, o pacote tarifário proposto por Trump pode reduzir o déficit fiscal em US$ 4 trilhões até 2035. A estimativa inclui US$ 3,3 trilhões de redução no déficit primário e US$ 700 bilhões em economia com juros da dívida. Por outro lado, o CBO alerta que o aumento das tarifas pode impactar negativamente os investimentos, a produtividade e o poder de compra da população americana.

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