O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira (4) que iniciará o envio de notificações a países que não firmaram acordos comerciais com seu governo. Segundo o mandatário, as novas tarifas podem variar entre 10% e 70% e começarão a ser cobradas a partir de 1º de agosto.
Durante entrevista na Base Conjunta Andrews, Trump afirmou que as comunicações serão enviadas a 10 a 12 países por dia, ao longo dos próximos cinco dias. O objetivo, segundo ele, é cumprir o prazo estabelecido em 9 de abril, quando deu três meses aos parceiros comerciais para negociar condições com os Estados Unidos.
Apesar das tarifas “recíprocas” anunciadas em abril, que chegavam a até 50%, o novo modelo ultrapassa esse patamar em vários casos. Os mercados financeiros globais reagiram com queda, mesmo com as bolsas americanas fechadas devido ao feriado de Dia da Independência.
Ainda não está claro quais países receberão os comunicados, mas Trump mencionou a União Europeia e o Japão como alvos de negociações difíceis. A tarifa ao Japão poderia chegar a 35%, conforme declarado pelo republicano.
O governo já firmou acordos com Reino Unido e China, e mencionou avanços com o Vietnã, embora os detalhes não tenham sido divulgados. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o objetivo é concluir negociações com outros parceiros até o Dia do Trabalho nos EUA (2 de setembro), apesar do presidente manter um tom menos flexível quanto ao prazo.
Para países que seguem negociando, como a Índia, as tarifas mínimas de 10% serão mantidas temporariamente. A Casa Branca espera finalizar acordos com até 18 parceiros principais, mas reconhece que é impraticável alcançar centenas de países dentro do cronograma atual.
