Durante a cúpula da Otan em Haia, nesta quarta-feira (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou os recentes ataques americanos a instalações nucleares do Irã aos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, a ofensiva foi “essencialmente a mesma coisa” e teria encerrado a guerra entre Israel e Irã.
Trump afirmou que os danos causados foram “muito severos”, apesar de reconhecer que os relatórios da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA são inconclusivos. A agência avaliou que os ataques atrasaram o programa nuclear iraniano por apenas alguns meses, enquanto o presidente sustenta que o impacto foi devastador e teria feito o Irã retroceder “décadas” em sua capacidade nuclear.
A declaração ocorre em meio a críticas de aliados e opositores sobre a coerência da ação militar com a agenda “America First” de Trump, que prometia evitar envolvimentos externos. O presidente rebateu dizendo que o Irã jamais deveria ter permissão para obter uma arma nuclear e que os ataques foram decisivos para impedir isso.
Ao lado do secretário de Estado Marco Rubio e do secretário de Defesa Pete Hegseth, Trump também questionou a confiabilidade dos relatórios de inteligência e anunciou uma investigação sobre o vazamento das informações. Rubio sugeriu que os dados podem ter sido distorcidos pela imprensa.
Durante a cúpula, os países membros da Otan anunciaram a intenção de elevar os gastos com defesa para 5% do PIB. O governo Trump celebrou o compromisso como uma vitória de sua política externa